Uma mansão, no alto de uma colina, com oito suítes, equipadas com closets e banheiras de hidromassagem, duas piscinas, churrasqueira, sauna e sala de jogos. Em volta dela, um campo a perder de vista e 1.640 cabeças de gado. A sede e o pasto da fazenda Nossa Senhora da Conceição, no distrito de Lavras, em Rio Bonito, deveriam ser uma só propriedade. Mas, nos próximos dias, vão virar alvo de uma disputa judicial entre Adriana Almeida — viúva do milionário Renné Senna e responsável pela administração da casa — e Renata Senna, filha de Renné, que cuida do restante da fazenda.
O advogado de Renata, Marcus Rangoni, pretende entrar com um pedido de reintegração de posse da sede da propriedade — que tem 9 mil metros quadrados e está abandonada — para ter acesso à casa. Atualmente, Renata, a inventariante no processo, é responsável apenas pela área externa, que inclui o gado, e pela administração de outros três bens de Renné.
— Ela (Adriana) impede a entrada do espólio na casa. Em tese, ela tem direito a metade dos bens. Mas como há uma ação de indignidade contra ela, todas as despesas do espólio com toda essa manutenção vão ser cobradas dela no futuro — completa ele.
Já de acordo com o advogado Jackson Costa Rodrigues, que defende a viúva, Renata "tem a obrigação de preservar todo o patrimônio e, inclusive, recebe para isso". Desde meados de 2009, Renata recebe mensalmente R$ 90 mil para custear a manutenção dos bens.
