quinta-feira, 22 de março de 2012

MP denuncia delegado envolvido em confusão com Marcelinho Paraíba





O promotor criminal Joaci Juvino da Costa Silva, do Ministério Público em Campina Grande, denunciou o delegado Rodrigo Pinheiro, envolvido em uma confusão durante uma festa no sítio do jogador Marcelinho Paraíba em novembro de 2011, pelos crimes de ameaça e disparo de arma de fogo. A denúncia foi encaminhada à Justiça nesta segunda-feira (19).

Procurado pelo G1, o delegado Pinheiro disse que não foi notificado de qualquer denúncia, mas voltou a negar que tenha atirado durante a festa que Marcelinho Paraíba promoveu para comemorar a ascensão do Sport, clube em que joga, à série A do Campeonato Brasileiro. O delegado ainda informou que não constituiu advogado para o caso.

Segundo o promotor Joaci Silva, o delegado deve ser intimado a depor e o próximo passo será da Justiça, que vai reunir testemunhas, o delegado e o próprio Marcelinho Paraíba para ouvir as diferentes versões do caso. Caso seja condenado, Rodrigo Pinheiro pode pegar pena de até dois anos pelo crime de ameaça e de até quatro anos por disparo de arma de fogo. 

Rodrigo Pinheiro, além de acusado de atirar para o alto durante a festa, é irmão de criação da advogada que diz ter sido violentada pelo jogador. Marcelinho Paraíba e três amigos foram presos em flagrante depois do evento particular em Campina Grande. Em depoimento, a mulher afirmou que Marcelinho teria forçado beijos e a agredido, puxando seus cabelos.

Os laudos do exame de corpo de delito feito pela Unidade de Medicina Legal apontaram que ela sofreu cortes na boca. Em janeiro, a delegada concluiu o inquérito e indiciou Marcelinho por estupro. O inquérito, no entanto, foi devolvido pelo Ministério Público. O advogado do jogador, Afonso Vilar, afirmou que o laudo não fornece provas contra seu cliente. "O laudo é claro em dizer que não há qualquer tipo de violência sexual por parte de Marcelinho. Foi o que o Ministério Público entendeu a favor dele", disse.

Rodrigo Pinheiro foi afastado das funções na Polícia Civil de Campina Grande durante as investigações, mas voltou ao trabalho em fevereiro, na delegacia do município de Sapé. O delegado Francisco de Assis, responsável pelas investigações deste caso, afirmou no inquérito policial que o laudo feito pelo Instituto de Polícia Científica confirmou a presença de resíduos de chumbo na mão esquerda de Rodrigo, o que apontaria possíveis disparos. O investigado, no entanto, se defendeu. "Sou destro, por isso nunca vou atirar com a mão esquerda. Eu peguei a munição para entregar à polícia com a mão esquerda, é claro que ia dar positivo. Fui eu mesmo que pedi ao delegado que fizesse o exame", afirmou. 

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