terça-feira, 14 de fevereiro de 2012

filha de Walt Disney revela segredos por trás do clássico "A Dama e o Vagabundo"


1955 foi um ano mais do que ímpar para Walt Disney. Já estabelecido como um dos maiores nomes da animação mundial e vencedor de inúmeros Oscar, foi nesse período que o artista se confirmou também como um grande visionário dos negócios. Investiu em filmes com atores de carne-e-osso, levou pela primeira vez à TV "Clube do Mickey" e - antigo sonho - inaugurou em Anaheim, na Califórnia, o primeiro parque temático dedicado às suas criações: a Disneilândia.

"Foi um grande ano para o meu pai. Tudo aconteceu ao mesmo tempo", atesta em entrevista por telefone ao UOL Diane Disney Miller, 78 anos. Filha mais velha de Walt com Lillian Bounds, sua única esposa, Diane empresta suas "memórias maravilhosas" desse tempo para os extras e comentários da edição especial em Blu-ray de "A Dama e o Vagabundo", clássico animado que a Disney devolveu às prateleiras brasileiras em janeiro e que, não por acaso, também é de 1955.

A excelência do trabalho dos estúdios Disney àquela altura - quando já haviam colocado nas telas obras-primas da animação como "A Branca de Neve os Sete Anões", "Pinóquio" e "Fantasia" - se comprova em cada quadro de "A Dama e o Vagabundo", com cenários cuidadosamente pintados à mão e uma coleção de móveis e objetos vitorianos digna de museu. Também transparece no filme, que conta a história de uma cachorrinha "de madame" que se apaixona por um vira-lata, aquela mesma vontade de viver e romper (certas) convenções que moviam a cabeça de um empreendedor como Walt naqueles anos.

Mais que isso, conta Diane em um preciosa revelação biográfica, "A Dama e o Vagabundo" também levou às telas parte do que acontecia entre quatro paredes na própria família Disney. "Meu pai pensou por muitos anos em contar essa história. Ele sempre quis usar aquela anedota, de como Lady é apresentada como um presente de Natal, porque foi exatamente isso que ele fez com a minha mãe tempos antes. Ele deu a ela um cachorrinho de Natal e o entregou dentro de uma caixa de chapéu, porque ela não queria ganhar um cachorro", lembra. "Então, ele pegou esse filhote que comprou e guardou na casa do vizinho, que era irmão dele, e na manhã de Natal o trouxe em um embrulho de presente. Quando abriu a caixa e o filhote saltou, minha mãe ficou muito feliz."




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