quinta-feira, 26 de abril de 2012

Rocinha lidera maus tratos e abusos contra crianças





Levantamento do Conselho Tutelar que atende 18 bairros da zona sul do Rio de Janeiro, entre eles a favela da Rocinha, em São Conrado, aponta que 50% dos atendimentos prestados pelo órgão são de casos de maus tratos que acontecem dentro da comunidade.
Na última quarta-feira (25), um menino de seis anos foi castigado pela mãe com uma surra de fio de um carregador de telefone celular. A mulher foi presa em fragrante após denúncia do namorado, que chamou a Polícia Militar.

De acordo com a conselheira Heroína de Assis Silva, a maioria dos atendimentos a crianças e adolescentes da Rocinha é de casos de violência doméstica, estupro, negligência (descuido) e falta de escolas e creches.

— É muita gente morando naquela comunidade. Atendemos muitos casos de espancamento e negligência, e esses crimes são causados por membros da própria família. Mas também faltam creches e escolas para esses jovens. 
Segundo o censo 2010 do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), a Rocinha possui 69.356 moradores. A comunidade foi ocupada por policiais do Bope (Batalhão de Operações Policiais Especiais) e pelo Batalhão de Choque no dia 13 de novembro do ano passado. A favela ainda aguarda a instalação de uma UPP (Unidade de Polícia Pacificadora) no local.
Heroína diz ainda que o alto número de ocorrências na Rocinha levou o Conselho Tutelar a implantar uma outra unidade que atenderá exclusivamente a comunidade.
— O caso é tão grave que precisamos abrir uma unidade na Rocinha somente para atender às crianças e adolescentes da comunidade.

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