A polícia norte-americana prendeu nesta quarta-feira (23) um homem suspeito de participar da morte de Etan Patz, o garoto desparecido há 33 anos em Nova York que deu início a um movimento nacional por busca de crianças desaparecidas. As autoridades disseram nesta quinta-feira (24) que o suspeito confessou ter estrangulado a criança.
O homem, chamado Pedro Hernandez, que hoje tem 67 anos, foi preso ontem no Estado de Nova Jersey, próximo a Nova York. Na época, ele fazia trabalho de serviços gerais na vizinhança onde Etan morava, no Soho, em Manhattan.
Uma autoridade policial relatou ao diário New York Times que Hernandez aparentava estar bastante emocionado durante a confissão, que foi gravada pelos oficiais.
Em seu depoimento, Hernandez declarou que estrangulou o garoto e, em seguida, enrolou o corpo da criança em um saco, colocando-o dentro de uma caixa. As informações sobre o depoimento não deixam claro o que aconteceu com a caixa, mas o suspeito teria dito que a caixa simplesmente desapareceu.
A confissão foi divulgada exatamente um dia antes de o desaparecimento do garoto completar 33 anos.
Etan foi visto pela última vez no dia 25 de maio de 1979, quando saiu sozinho de casa, pela primeira vez, para pegar o ônibus escolar.
O sumiço do garoto causou revolta no país e o rosto de Etan foi o primeiro a aparecer nas embalagens de leite — procedimento hoje comum nos Estados Unidos, como forma de ajudar na busca por menores desaparecidos —, em uma tentativa de descobrir pistas sobre o que havia acontecido com ele.
Policiais escavaram sótão em NY em busca de pistas
As autoridades receberam recentemente uma denúncia de que os restos mortais de Etan estariam enterrados em um porão em Nova York, no bairro do SoHo. Cães farejadores do FBI também teriam detectado a presença de um cadáver no local. As escavações ocorreram em abril, mas o resultado delas não foi divulgado.
Durante anos, as investigações se concentraram no suspeito José Antonio Ramos, que foi condenado por abusar de crianças e conhecia a babá de Etan, mas ele nunca foi indiciado pelo desaparecimento do menino.
O comissário Raymond Kelly disse que novos detalhes da investigação serão divulgados ainda hoje.
Nenhum comentário:
Postar um comentário