sábado, 3 de novembro de 2012

Piloto de avião que caiu em MT pediu socorro antes de bater em montanha

Bombeiros e policiais encontraram destroços da aeronave em morro de Chapada dos Guimarães (Foto: Reprodução/TVCA)


O piloto do bimotor de modelo Seneca, Thyago Santoro, que colidiu contra um paredão de rochas em Chapada dos Guimarães, a 65 quilômetros de Cuiabá, nesta quinta-feira (1º), que culminou na morte dele, do copiloto e de mais dois engenheiros do governo do estado chegou a pedir socorro antes do acidente. De acordo com o Corpo de Bombeiros chovia muito no momento do acidente. “A informação que chegou para nós de outros pilotos é que ele deu o código internacional de emergência e, logo em seguida, deu um grito. Depois disso sumiu um ponto do radar”, afirmou Oscar Coiado Júnior.
O acidente aconteceu no final da tarde desta quinta-feira. De acordo com o plano de voo, a aeronave saiu de Confresa, a 1.064 quilômetros da capital, com destino a Cuiabá. A 200 quilômetros de Cuiabá, o avião bateu em uma região de morro. Um chacareiro prestou auxílio às buscas pelos destroços da aeronave.
 “Já na região nós encontramos um chacareiro que avistou a asa do avião no entardecer. Ele nos auxiliou a encontrar o local onde o avião colidiu com o paredão. Nós começamos as buscas no local exato onde houve a colisão por volta das 4h desta sexta-feira e localizamos o avião às 06h”, confirmou o sargento do Corpo de Bombeiros, Adilson de Arruda.
O resgate dos corpos foi feito por meio da técnica de rapel. Uma equipe formada por policiais militares, Corpo de Bombeiros e peritos usaram cordas e ganchos para acessar as ferragens. A retirada dos corpos foi demorada e delicada. Além de Thyago Santoro, morreram dois engenheiros civis da Secretaria Estadual de Pavimentação e Transporte Urbano (Septu) e mais o copiloto.
Orlando Monteiro da Silva (58) e Sidney Benedito Nunes (57) tinham viajado a serviço para participar de uma reunião que havia discutido as obras de pavimentação da MT-322. O governador Silval Barbosa decretou luto oficial de três dias pela morte das vítimas. O quarto integrante da aeronave, um copiloto, não foi identificado oficialmente. Os corpos das vítimas foram encaminhados para o Instituto Médico Legal (IML), em Cuiabá. Técnicos do Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa) já se deslocaram ao local para investigar as circunstâncias do acidente.

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