terça-feira, 9 de abril de 2013

Feliciano diz que sai da Comissão de Direitos Humanos se Genoino e João Paulo Cunha renunciarem à CCJ





Os líderes partidários da Câmara dos Deputados não conseguiram convencer odeputado Marco Feliciano (PSC-SP) a renunciar à presidência da CDHM (Comissão de Direitos Humanos e Minorias).
Reunidos nesta terça-feira (9) com o presidente da Casa, deputado Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), as lideranças ouviram de Feliciano que ele vai permanecer no cargo e só renuncia se os deputados José Genoino (PT-SP) e João Paulo Cunha, condenados no processo do mensalão, também abrirem mão da CCJ (Comissão de Constituição e Justiça).  
A proposta não foi levada a sério pelos líderes. O presidente da Câmara alegou que a questão não estava em debate porque ainda cabe recurso da decisão do STF (Supremo Tribunal Federal), uma vez que o resultado do mensalão ainda não foi publicado. A publicação do acórdão — o resultado final — deve ser publicada pelo STF até sexta-feira (12).  
Além do PSC, pelo menos outros quatro partidos declararam apoio a Feliciano: PSD, PRB, PMN e PMDB.  
O líder do PR, deputado Antony Garotinho (RJ), também teria se manifestado a favor de Marco Feliciano, mas declarou que permanecer na presidência da CDHM é uma escolha errada, que vai gerar muito desgaste.  
O PSDB preferiu não participar da reunião e o DEM não se manifestou durante o encontro de líderes.
O líder do PSOL, Ivan Valente (SP) saiu da reunião convencido de que Feliciano não é “ingênuo”. Segundo o deputado,Marco Feliciano sabe que está lucrando com a polêmica em torno de sua conduta.
— Ele é uma pessoa incompatível com esse cargo, mas ele insiste porque, na verdade, o pastor Feliciano sabe que ele está lucrando economicamente e politicamente com isso. É um cálculo pessoal e do seu partido, que estão assumindo essa questão mesmo com desgaste de toda Câmara dos Deputados.
Calado
Segundo Ivan Valente, o deputado Feliciano assumiu o papel de “vítima” e, durante a reunião com os líderes, se disse perseguido. O presidente da CDHM alega que ele e seu partido estão sendo agredidos que está firme na decisão de continuar no cargo.
No entanto, Feliciano teria prometido que não vai mais dar declarações que possam comprometer sua imagem como presidente da CDHM.
O deputado está sendo alvo de críticas e protestos desde que assumiu a presidência da CDH. Isso porque ele é acusado de dar declarações racistas e homofóbicas em redes sociais.
Integrantes de grupos de minorias pedem que ele renuncie o cargo e alegam que o deputado não os representa.
Além disso, Feliciano é acusado de estelionato, por ter recebido R$ 13 mil para realizar dois cultos religiosos sem, no entanto, comparecer aos eventos.
Por ter foro privilegiado, o processo contra o deputado está no STF (Supremo Tribunal Federal). Na semana passada ele prestou depoimento na Corte, para apresentar sua defesa.

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