segunda-feira, 26 de agosto de 2013

‘Amor à vida’ Alejandra morre



O ciclo de vilanias de Alejandra (Maria Maya) termina no capítulo 102 de “Amor à vida”, que traz a morte da personagem. Na iminência do fim da vida — ela engole saquinhos de drogas, e um deles estoura em seu estômago —, a boliviana tem um raro momento de redenção e, hospitalizada no San Magno, decide gravar um vídeo isentando Paloma (Paolla Oliveira) da acusação de tráfico, assumindo a autoria do crime (leia abaixo).

— Eu me surpreendi com a morte dela. Mas é bacana mostrar quando o feitiço vira contra o feiticeiro — afirma Maria, que destaca o rumo da personagem ao longo da trama: — Não imaginava que teria essa oportunidade. Todo mundo tem um lado mau, é bom poder exorcizar isso em cena. Que venham mais vilãs!
Enquanto a morte não chega — a sequência vai ao ar no dia 14 de setembro —, o público acompanha a jornada de Alejandra, consumida pelo amor não correspondido de Ninho (Juliano Cazarré) e, cada vez mais inconsequente, inflada de ódio por Paulinha (Klara Castanho).

— Fica claro que o objetivo de Ninho é reconquistar a filha e Paloma. A rejeição aflora a violência de Alejandra. E mulher rejeitada é capaz de tudo, né? — brinca a atriz.

Após matar um homem a enxadada e jogar Ciça (Maria Neusa Faro) de um penhasco, a traficante consegue fugir para o Peru. A paisagem, pano de fundo do amor entre Ninho e Paloma no começo da trama, agora será o cenário do acerto de contas entre a traficante e a médica. No roteiro, o autor Walcyr Carrasco pediu “uma briga de mulher, de tapas, puxões de cabelo, quedas”.
— É um MMA entre Alejandra e Paloma, à beira do precipício (risos). Foi muito bacana, muito forte. Como espectadora, estava esperando por isso entre elas. E o fato de ela sair por baixo, derrotada, faz com que ela queira fazer de tudo para prejudicar Paloma — conta Maria
Após ser humilhada, a boliviana reencontra a pediatra no aeroporto num falso discurso de “paz” e, sorrateiramente, coloca um pacote de drogas na mala da rival. O ímpeto de Alejandra, cuja raiva atinge principalmente Paloma e Paulinha, funciona como um exercício para a atriz, que lida com a energia pesada da vilã.
— Sou muito amiga da Paolla e adoro a Klara, brinco que ela é uma mini-adulta. São cenas difíceis de fazer. A gente se mata em cena, mas fora é muito carinho — ressalta Maria, que completa: — Trabalho com as emoções e a tensão de Alejandra fica em mim. Depois de uma cena violenta, às vezes eu chego em casa alterada. Preciso tomar um banho de mar, fazer uma oração para me livrar dessas energias.

Boliviana deixa vídeo inocentando Paloma
No desembarque do aeroporto, assim que retorna ao Brasil com Ninho, Alejandra percebe que vai morrer. O motivo, ela explica depois, já internada no San Magno: “A mercadoria, a droga, eu trouxe em saquinhos. Engoli tudo. Um dos saquinhos deve ter arrebentado”. No hospital, ela descobre que Paloma está presa e, numa crise de consciência, decide inocentar a médica da acusação de tráfico: “Eu fiz muita coisa errada nesta vida. Tem um peso que eu não quero carregar. Eu traí a Paloma, que foi minha amiga”.
Monitorada, usando máscara de oxigênio, sentindo fortes contrações, Alejandra inicia seu depoimento: “Eu era muito amiga da Paloma Khoury. Mas a gente teve uma briga feia, numa viagem recente pro Peru. Pra me vingar, eu botei um pacote com drogas na bolsa dela”, conta a vilã, sendo assistida atentamente por Paloma, Bruno (Malvino Salvador) e César (Antonio Fagundes).
“Fiz isso porque tinha raiva da Paloma. Tinha raiva dela porque o Ninho, o homem que eu amo... Sempre amou a Paloma”, continua a traficante, confessando também que ela fez a denúncia contra a médica. Diante da morte, surge sinais de arrependimento: “Eu não quero morrer carregando o peso de estragar a vida da Paloma”.
Ao ser questionada, Alejandra admite que foi induzida a agir contra Paloma. Contudo, mesmo pressionada, ela não revela a participação de Félix (Mateus Solano) na jogada. “No tráfico, a gente aprende a ficar de boca fechada”. Em sua derradeira fala, despede-se da rival: “Até um dia. Quem sabe onde, Paloma? Quem sabe o que espera a gente além das estrelas?”



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