“O italiano é racista. Eles têm sérios resquícios da colonização que sofreram: não aprenderam a lidar com outras etnias. Me maltrataram muito. Lá, percebi que, por ser negro, não era brasileiro, era da África, da Somália. Não volto nunca mais. No Brasil, isso também é forte ainda, viu?”, lembra.
Ele diz ainda que faltam negros na publicidade e que, quando estão, nunca são garotos-propaganda. “Não tem negro na publicidade desde que o Sebastian da C&A saiu. Pode ter um negão fazendo um comercial, mas garoto-propaganda, não”, desabafou.
Frente ao cenário de preconceito, ele revela que pretende ver as três filhas – Flor de Maria, Maria Aimeé e Luz Bella – na faculdade. “Como não tenho nenhum sonho material pendente, quero agora pagar a faculdade das minhas filhas. Elas vão ser um marco na família. A primeira geração que não precisará sofrer com a violência e com o preconceito”.
