O jovem que disse ter sido torturado por militares na Vila Cruzeiro, no complexo da Penha, zona norte do Rio de Janeiro, identificou na tarde desta quarta-feira (14) alguns dos 32 militares que foram colocados à sua frente para reconhecimento formal na base da Força de Pacificação, na comunidade. A informação foi divulgada por seu advogado, Francisco Cordeiro, do Instituto dos Defensores dos Direitos Humanos (IDDH). O reconhecimento de local (onde a vítima afirma ter sido amarrada a uma árvore e agredida) deverá ser feito ainda na tarde desta quarta-feira.
Cordeiro preferiu não especificar o número exato de militares reconhecidos pelo rapaz para não atrapalhar as investigações. No entanto, de 12 a 15 homens que estavam de serviço no dia da suposta tortura não puderam participar porque estão de folga. O comando da Força de Pacificação marcará nova data para a apresentação desses que não estavam presentes.
O jovem chegou por volta das 11h desta quarta à comunidade. Ele estava acompanhado da namorada, que diz ter presenciado as agressões, e do delegado José Pedro da Costa, titular da Delegacia da Penha (22ª DP), que investiga o caso. O policial informou que à tarde deve voltar à favela com o rapaz para tentar fazer o reconhecimento do cenário onde teria acontecido a tortura.
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