Outra morte atribuída a um dos membros do trio de canibais pode ter ocorrido dentro do Complexo Psiquiátrico Juliano Moreira, em João Pessoa, onde o acusado Jorge Beltrão Negromonte da Silveira, 51 anos, conhecido como “Monte”, teria sido internado quando morava na Paraíba.
Entre os relatos no diário do grupo, ele confirma que teria feito uma vítima na unidade hospitalar, conforme o delegado do município do Conde, responsável pelo caso na Paraíba, Elias José Rodrigues. O fato será investigado.
A Polícia Civil vai investigar também a possível ligação dos canibais de Pernambuco com políticos do Conde, no Litoral Sul da Paraíba. O delegado acredita que o grupo tinha pretensões políticas, que deverão ser apuradas. Por isso, todas as relações pessoais deles serão esmiuçadas. “Provavelmente, pode haver participação de políticos nesse esquema”, declarou. As informações iniciais apontam que os canibais vendiam artesanato, além de empadas e coxinhas, que seriam recheadas com carne humana, mas a polícia vai investigar se eles recebiam favorecimento.
Embora não haja informações sobre desaparecimento de moradores do Conde, o delegado afirmou que se realmente houve algum homicídio na região, pode ter sido de pessoas de outra localidade que teriam sido atraídas para lá. “A Polícia Civil não possui informações sobre moradores desaparecidos, a não ser que as vítimas tenham sido pessoas de outras cidades que estavam aqui”, ponderou.
'Revelações de um Esquizofrênico'
No livro “Revelações de Um Esquizofrênico”, escrito por Jorge Beltrão Negromonte da Silveira, o autor revela que teria sido autor de um assassinato no Complexo Juliano Moreira, em João Pessoa. Ele relata que foi internado na unidade, onde ficou por 27 dias, depois de sofrer um assalto, em que foi baleado com um tiro na cabeça. Após o fato, Jorge diz que as crises esquizofrênicas se tornaram mais frequentes.
“(...) Nevinha que era psiquiatra responsável pelo hospício Juliano Moreira, me pega pela mão e me leva para parte de cima do estabelecimento. Na subida, cada degrau tinha uma poça de sangue, no final do percurso, um corpo de segurança caído com vários ferimentos, imóvel e sem respirar. Nevinha olha pra mim e fala que eu fui o culpado. Nessa hora eu pensei comigo mesmo: Como poderia com minhas próprias mãos ter assassinado um homem bem mais forte e alto que eu (sic)”.
Capítulo XXVIII – Voltamos a morar na Paraíba
“Coloco a nossa casa à venda, Jéssica não gostou muito da idéia, porém eu não mudei a minha opinião, pois não podia ficar em uma casa assombrada, cheia de espíritos do mal pondo em risco a minha família.
Não esperei muito, e em menos de um mês eu tenho uma ótima oferta após negociar o preço da casa fechando negócio com um português. Vendo também os imóveis. Combinei com Bel e Jéssica, e voltamos a morar na Paraíba, só que desta vez, fomos morar em Conde, uma pequena cidade litorânea (sic)”.
Capítulo XXI – Novo golpe do destino (academia em JP)
“Sabendo que eu estava sem trabalho, um colega meu que residia em João Pessoa, Paraíba, me contratou para trabalhar em sua academia. Fui então morar em João Pessoa, deixando a minha filha sobre os cuidados da minha mãe, já que ela estudava e uma transferência escolar ia lhe prejudicar. Tudo ia bem, até que um dia eu comecei a misturar o real com o irreal novamente. Volto a freqüentar as clinicas psiquiátricas, e mais uma vez fico impossibilitado para o trabalho de educador físico. Bel começa a produzir empadas, vendendo de porta em porta, para nos manter, eu à ajudo, porém entro em depressão (sic)”.
Capítulo XXV – A morte do mal
“Pego uma faca e lhe dou um golpe forte e preciso, atingindo a sua jugular (...) Vejo aquele corpo no chão, Jéssica desconfia que ainda se encontra com vida, pego uma corda, faço uma forca e coloco no pescoço do corpo, puxo para o banheiro e ligo o chuveiro para todo o resto do sangue escorrer pelo ralo.
Ao olhar para o corpo já sem vida da adolescente do mal, sinto um alívio. Pego uma lâmina e começo a retirar toda a sua pele, e logo depois à divido. Eu, Bel e Jéssica nos alimentamos com a carne do mal, como se fosse um ritual de purificação, e o resto eu enterro no nosso quintal, cada parte em um lugar diferente (sic)”.
Nenhum comentário:
Postar um comentário