sábado, 20 de julho de 2013

José Júnior: ‘Se o AfroReggae tem de sair do Alemão por determinação do tráfico, fica claro que os traficantes ainda mandam lá’

José Junior: “Seria uma irresponsabilidade manter as atividades no Alemão diante das ameaças”

O coordenador do AfroReggae, José Júnior, falou há pouco ao EXTRA sobre a saída da ONG do Complexo do Alemão, ocorrida neste sábado. A informação foi publicada na edição deste fim de semana da revista “Veja”.
Segundo ele, na quinta-feira passada um líder comunitário do Alemão o procurou e disse ter recebido a visita de traficante, às 4h30m daquele dia. O bandido teria dito que, se o AfroReggae não saísse da favela, o tráfico jogaria uma bomba dentro da sede da ONG, localizada na Rua Joaquim de Queiroz.
— Por isso, decidi parar com todas as atividades do AfroReggae no Alemão. Seria uma irresponsabilidade manter as atividades com 350 crianças diante das ameaças. Mesmo que a polícia tentasse dar um reforço, parasse um caveirão na porta, o AfroReggae não foi feito para isso. Foi criado para mediar conflitos, e isso iria contra a nossa filosofia.
José Júnior afirmou que todas as atividades do AfroReggae, inclusive uma pousada, alvo de um incêndio na noite da última segunda-feira. A polícia já indiciou um suspeito de ter ateado fogo no prédio, onde também funcionava a redação do jornal “Voz da Comunidade”.
— Ainda não sei se voltaremos para lá — disse o coordenador da ONG.
Em fevereiro de 2012, José Júnior deu uma entrevista exclusiva ao EXTRA acusando o pastor Marcos Pereira, fundador da Assembleia de Deus dos Últimos Dias, de envolvimento com o tráfico de drogas. “Talvez seja a maior mente criminosa do Rio de Janeiro”, disse à época o coordenador do AfroReggae. Em função das denúncias, foi aberta uma investigação na polícia. Atualmente, o pastor Marcos está preso sob a acusação de estuprar fiéis.
— Desde fevereiro, eu e o (pastor) Rogério Menezes estamos recebendo ameaças de morte de vários traficantes, e isso é diretamente relacionado à entrevista que dei para o EXTRA.
Para Júnior, a saída da ONG do Complexo do Alemão mostra quem dá as cartas na favela:
— Se o AfroReggae tem de sair do Alemão por determinação do tráfico, fica claro que os traficantes ainda mandam lá.





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