Os três acusados de estuprar a estudante Audrie Pott, de 15 anos, estão detidos desde a semana passada, segundo informações do canal norte-americano NBC nesta segunda-feira (15). Dos envolvidos, dois eram amigos dela na Saratoga High School, no estado da Califórnia, que participaram a distribuição de fotos da garota durante o estupro.
Os três estudantes de 16 anos levantaram um acervo de fotos e vídeos íntimos da garota em uma festa. As fotos correram as redes sociais e Pott não suportou o bullying e a humilhação na escola.
Acompanhe a seguir o drama dos pais da estudante, o envolvimento de Pott com os colegas que a violentaram e como o bullying a levou ao suicídio
O caso ocorreu em setembro de 2012, mas retomou a atenção dos noticiários dos Estados Unidos depois que as autoridades encontraram evidências mais fortes de envolvimento de amigos de Pott no crime, incluindo a destruição de provas. De acordo com a imprensa norte-americana, os acusados devem comparecer ao tribunal nesta semana.
Pott se enforcou oito dias após uma festa que que dois colegas de escola que ela considerava amigos e mais um colega de uma escola vizinha gravaram um vídeo do estupro, além de fotos. Pott estava inconsciente por conta do álcool e dormia em um quarto.
Segundo os pais da estudante, que falaram à imprensa local por meio de uma advogada, ela não teria suportado o bullying dos colegas de classe depois que as fotos se espalharam pelas redes sociais. Eles dizem, ainda, que não sabiam do abuso até o dia do suicídio de Pott.
De acordo com a advogada, Robert Allard, a estudante estava inconsciente quando atacada, e que vários garotos estavam no quarto com ela.
— Eles fizeram coisas inimagináveis enquanto ela estava inconsciente.
O ataque aconteceu durante uma festa do pijama, segundo as autoridades. A advogada da família conta que a estudante soube rapidamente do material adquirido pelos colegas naquela noite. Pott teria dito que alguns dos garotos eram considerados amigos de escola.
Ao saber do ocorrido, a estudante escreveu no Facebook a seus colegas que toda a escola já sabia do que havia acontecido, e que sua vida estava arruinada para sempre.
Nas últimas semanas, a família de Pott acusou os suspeitos de estupro de destruir provas. As autoridades admitem que há falta de um aparelho eletrônico que seria peça-chave para as investigações, uma vez que conteria fotos.
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